Em breve, uma série de
televisão muito querida do público irá encerrar sua longa trajetória iniciada em
2001. Criada por Alfred Gough e Miles Millar, Smallville conta à história de
Clark Kent até se transformar no icônico e mais conhecido super-herói de todos
os tempos: O Superman. Teoricamente, a maioria das pessoas já conhece um pouco
de quem é o personagem, seus amigos e inimigos. Isso se deve primeiramente pelas
histórias em quadrinhos, a mídia original no qual ``nasceu`` graças a
criatividade dos quadrinhistas Jerry Siegel e Joe Shuster. Devido ao sucesso
alcançado, não foi difícil imaginar que mais cedo ou mais tarde o público seria
presenteado com mais histórias em outras mídias como rádio, televisão, videogame
e cinema.
Ele pode não estar entre os
meus personagens preferidos, mas como bom fã e amante das histórias em
quadrinhos e do heroísmo em si eu sempre gostei de conferir todo tipo de
produção desse universo. Lembro de ter gostado muito dos primeiros filmes de
Richard Donner, quando na época ele era interpretado pelo já falecido ator
Christopher Reeve (foto). Foi muito legal quando ouvi a emocionante trilha feita
por John Willians e que, por sua vez, seria eternizada como marca em seus
filmes. Bom, introduções a parte, chegou o momento de falar sobre um dos
capítulos mais importantes a respeito do herói kryptoniano.
Tenho certeza praticamente
absoluta que muitas pessoas, assim como eu, aprenderam a gostar e se interessar
mais pelo personagem através do seriado. É quase impossível afirmar o contrário.
Logo nas primeiras temporadas somos apresentados a um garoto impopular, tímido e
de poucos amigos que mora na pequena cidade de Smallville, no Kansas. Além
disso, havia todo tipo de descobertas adolescentes, uma paixão platônica e a
dificuldade de adaptação de alguém que descobre que não é um humano normal e sim
um ser vindo do espaço, ainda bebê, e que fora enviado pelos seus pais
biológicos para ser salvo da destruição de Krypton, seu planeta natal.
Resumindo, esse foi o inicio de um seriado que provou ao público que é possível
pegar algo criado há vários anos atrás apresentá-lo de uma forma diferente e
atualizada.
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Lex Luthor (Michael Rosenbaum) |
Repito que não sou fã do
personagem, mas amo esse seriado e guardarei com carinho as emoções que tive com
vários episódios. Fica até difícil de citar por causa da quantidade, afinal
foram muitas às vezes em que fiquei apreensivo e curioso para descobrir qual
seria a solução encontrada por Clark para derrotar esse ou aquele vilão. Muitos
desses primeiros vilões eram resultados de interações com as pedras de meteoro
que mais tarde seriam conhecidas como kryptonita. E esse detalhe certamente
garantiu que muitas histórias interessantes fossem criadas. Havia desde um
senhor de idade que adquiriu a capacidade de rejuvenescer até o garoto que lia
pensamentos dos outros. É claro que nenhum outro vilão foi tão enigmático como
Lex Luthor, muito bem interpretado pelo ator Michael Rosenbaum, que se destacou
cada vez mais com seu crescimento na série.
Se fosse para destacar alguns
episódios marcantes, acho que citaria aquele em que Clark se despede do seu
``irmão adotivo``Ryan, que tinha a habilidade de ler mentes, num passeio de
balão. Foi um dos finais mais emocionantes de episódio devido à amizade dos dois
e o fato de que Ryan tinha poucos meses de vida. Outro momento igualmente
marcante é quando Lionel Luhtor está internado em um hospício por ter
enlouquecido após o contato com um artefato kryptoniano. A trilha sonora com
música de Jonnhy Cash encaixa perfeitamente pela melancolia do momento.
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Clhoe Sullivan (Allison Mack) |
Outro detalhe super-importante
a se destacar são os coadjuvantes. Se em outras histórias esses personagens têm
um papel apenas secundário como alivio cômico ou interesse romântico, em
Smallville isso é bem diferente. Cada pessoa que passa pela vida de Clark Kent
adiciona alguma lição ao jovem herói destinado a ser o protetor máximo do
planeta Terra. É o caso de Chloe Sullivan que, assim como seu amigo, já passou
por diversas transformações na série desde a hiper-mega curiosa garota que amava
jornalismo e se dedicava 100% ao jornal colegial The Torch até a namorada de
Oliver Queen, conhecido como Arqueiro Verde, e principal ajudante no combate ao
crime em Metrópolis. Acho até que ela talvez tenha sido uma das principais
influências para esse futuro Superman. Mesmo não sendo um personagem adaptado
dos quadrinhos e, portanto, criado apenas para a série de tv, ela fez tanto
sucesso que se tornou um dos grandes chamativos do elenco, fato esse que pode
ser comprovado nos diversos sites e comunidades nas redes sociais dedicados a
ela.
Logo no inicio do texto falei
das primeiras adaptações ao cinema das histórias do Super-Homem. E, por isso,
não posso deixar de registrar algo que percebi com a evolução do seriado. Uma
curiosidade que também me chama a atenção é o fato das adaptações de HQs para o
cinema terem começado a aparecer nesse mesmo período. Mesmo tendo sido a época
dos primeiros filmes do Blade e dos mutantes dos X-Men, é incrível como a
existência do seriado contribuiu de certo modo para que essas produções
continuassem sendo feitas. A partir do momento que os produtores de cinema
percebem que é possível adaptar ícones do século passado e dar a eles uma cara
nova fica aberta uma infinidade de portas para o que vemos cada vez mais hoje
nos cinemas de todo mundo.
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Clark Kent (Tom Welling) |
Enfim, encerro esse post que
fiz questão de utilizar como um registro e homenagem a uma das séries que marcou
minha história pelo tempo que acompanhei. Assim como muitos fãs cresceram
assistindo cada episódio, também me identifiquei muito com o amadurecimento do
personagem. Confesso que não irei me decepcionar se não vê-lo usando o famoso
uniforme tradicional vermelho e azul com o S no peito, pois Smallville mostrou
que o mais importante em um herói é fazer o bem. Afinal, a essência do heroísmo
está nas ações e não simplesmente em um uniforme ou uma frase de impacto
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